“Tudo indica que cresceremos acima de 5% em 2010 e que este percentual se repetirá por outros anos, de forma que o atual Produto Interno Bruto simplesmente possa ser dobrado em dez anos”, afirmou o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, na abertura da Oficina 'Inclusão Financeira dos Pequenos Negócios, que reúne funcionários do Sistema Sebrae em Brasília. A Oficina conta também com a participação de representantes de instituições financeiras e de uma delegação da África do Sul.
Segundo o diretor, a conjuntura econômica alentadora, aliada aos bons resultados do processo de bancarização da população em geral e dos empreendedores em particular, abre novos espaços para a discussão sobre a qualidade e velocidade da inclusão financeira que se pretende alcançar. No passado, foram as organizações não-governamentais que subiram os morros e desbravaram a periferia dos grandes centros e mostraram que a oferta de crédito aos de menor renda era possível, inclusive com índices baixos de inadimplência. Agora, são os grandes bancos de varejo, as cooperativas de crédito que entram para alargar veredas já abertas, para massificar o atendimento.
Políticas públicas apoiadas pelo Sebrae como as que aceleram o processo de formalização da economia com foco nos trabalhadores por conta própria apontam nichos promissores de atuação: os empreendedores individuais. A meta do governo, incorporada também como meta do Sistema Sebrae, é a formalização de um milhão desses trabalhadores até o final de 2010. Pesquisa feita pelo Sebrae mostra que eles vêem duas grandes vantagens na formalização. A primeira é o acesso ao crédito. A segunda, o acesso aos benefícios previdenciários; não exatamente a aposentadoria, mas o auxílio- doença, por exemplo.
O diretor ressalta, ainda, a importância de ações como a do Sebrae Espírito Santo que dá publicidade ao volume de recursos direcionados por bancos públicos e privados às micro e pequenas empresas. E recomendou que as outras unidades do Sebrae façam o mesmo em seus estados. A transparência, explicou, acirra a concorrência entre os bancos em favor da ampliação da prestação dos serviços financeiros com redução de custos ao segmento.
By: John Campelo
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